Livro - Para que as primaveras não se calem para sempre

LIVRO PARA QUE AS PRIMAVERAS NÃO SE CALEM PARA SEMPRE

Desde que me conheço por gente, tenho as aves e pássaros como verdadeiros membros de minha família. Por serem amigos fiéis e desinteressados, estar em sua companhia, em tempo integral, é algo que faz parte do meu dia a dia.

em casa e no escritório, gosto de apreciar seus voos formosos pelos jardins. Em nossa fazenda, no interior paulista, experimento um genuíno sentimento de sucesso e prestígio ao ver que milhares de exemplares vivem com conforto e fartura de alimento nas árvores que plantei. De minha parte, este pequeno gesto simboliza cuidado fraternal e gratidão à imensurável felicidade que meus companheiros emplumados têm proporcionado à minha vida ao longo de mais de oitenta primaveras!

Por isso ouso afirmar, com absoluta sinceridade, que sou um ser humano plenamente realizado, pois graças à profunda e duradoura paixão que sinto por essas criaturas aladas consigo, ainda hoje, tocar o coração de muita gente nos quatro cantos do planeta.

Cara leitora, caro leitor, quero tocar seu coração, também. Com este meu novo livro, Para que as Primaveras não se calem para sempre..., partilho mais histórias inéditas que vivi ao lado desses extraordinários amigos. Mas aproveito este nosso precioso “encontro” para chamar sua atenção para os riscos que esse frágil reino da Natureza corre em nossos dias. Asseguro que minhas afirmações são feitas com conhecimento de causa. Sei que vão provocar polêmica e até ferir certos egos, mas a essa altura de minha vida, tendo o tempo e todos os seus benefícios como aliados, a coragem de dizer o que precisa ser dito não é mais uma opção, é um dever!

Outra certeza que tenho é que o canto dos pássaros precisa estar em nossas vidas. Sua presença livre, nunca em gaiolas, é indispensável, pois traz beleza, música e até o poder de curar a tristeza neste nosso mundo de arranha-céus. Por esse motivo um presente acompanha este livro: um “adendo sonoro” que reproduz, a cada hora cheia, o canto de 12 maravilhosas aves brasileiras. Deixe-se envolver por essas melodias enquanto percorre as páginas seguintes, sempre na mais sábia e leve companhia. Afinal, as aves e pássaros nos ensinam uma lição fundamental, a de que é preciso viver em liberdade, saudando com entusiasmo cada amanhecer.

JOHAN DALGAS FRISCH

Johan Dalgas Frisch é Engenheiro Industrial formado pela Universidade Mackenzie. Nasceu em São Paulo em 1930. Seu interesse pelas aves surgiu aos 6 anos de idade, quando começou a coletar exemplares que eram desenhados por seu pai, Svend Frisch. Em 1964, publicam, em coautoria, o livro “Aves Brasileiras”, que em 1981 recebeu uma segunda edição, atualizada e ampliada. A obra contendo 1567 ilustrações com o traço impecável do pai de Dalgas Frisch foi acolhida com entusiasmo pelo público e considerada pelos estudiosos o mais completo e detalhado Manuel de identificação das espécies da avifauna brasileira. Em 2005, a publicação recebeu novo projeto gráfico e de conteúdo e seu título mudou para “Aves Brasileiras e as Plantas que as Atraem”.

Para a realização deste novo livro, Dalgas Frisch contou com o apoio de seu filho, Christian, e de sua esposa Birte. Os leitores foram surpreendidos com uma série extra e exclusiva de ilustrações de aves, além de um capítulo especial sobre os beija-flores. Outra parte do livro foi dedicada à apresentação de plantas e frutos que atraem os pássaros durante todas as estações do ano. Ao abordar esses novos assuntos, Dalgas Frisch deixava claro aos leitores suas expectativas: que todos eles tomassem parte do movimento de replantio de árvores nativas para garantir, em todo país, a sobrevivência dos seres emplumados.

Dalgas Frisch também foi pioneiro na gravação dos cantos das aves nas florestas da América. Produziu 18 discos, trabalho aclamado pela Rádio BBC de Londres. Em 1962 o disco Cantos de Aves do Brasil manteve-se por meses nas Paradas de Sucesso, ficando 18 semanas consecutivas em primeiro lugar na lista dos discos mais vendidos do Brasil, batendo astros como o romântico Ray Connif e Chubby Cheker, o rei do Twist, o ritmo da época. Foram vendidas mais de um milhão de cópias, o que valeu a Dalgas Frisch o “Disco de Ouro”.

Dalgas Frisch também foi um dos fundadores da Associação de Preservação da Vida Selvagem (APVS), uma das primeiras entidades ecológicas do Brasil, e do Parque Nacional Indígena do Tumucumaque. Liderou o movimento pela criação do Dia Nacional da Ave, comemorando em 5 de outubro.

Com seu filho e esposa, hoje trabalha incessantemente pela preservação da fauna brasileira. Um de seus hobbies é realizar safáris fotográficos, tendo viajado para lugares como a Austrália, Ásia e Américas.

CHRISTIAN DALGAS FRISCH

Desde pequeno, Christian, filho de Johan Dalgas Frisch, revelou-se um ardoroso amante da Natureza, observados incansável da fauna e flora, hábil pescados e cumplice a altura da paixão do pai por aves.

Abraçou a profissão de engenheiro, mas a fotografia é seu talento nato. Faça-se justiça: em Christian essa arte revela-se um admirável dom. É que ao fotografar, afirmam os críticos, ele consegue ir muito além de enquadramentos tecnicamente perfeitos e capazes de registrar momentos magistrais da vida natural. Suas fotos captam toda a vivacidade, mistério e luz presentes no habitat das aves, dos pássaros, das árvores, das flores, dos peixes. Sua especialidade é clicar beija-flores.

Hoje Christian Dalgas Frisch integra o seleto rol de fotógrafos brasileiros internacionalmente consagrados. Assina com seu pai a coautoria de duas obras já consagradas dentro e fora do Brasil: Jardim dos beija-flores e Aves Brasileiras e Plantas que as atraem.

Formado em engenharia química pela Universidade Mackenzie (SP), Christian é empresário no ramo de tecnologias voltadas para a despoluição do ar por meio de catalisadores automotivos e para uso industrial que eliminam monóxidos de carbono.

114 páginas

21 x 16,5 cm

ISBN: 978-85-85015-09-1